Seja...Triste, mas não amargo. Introspectivo, mas não solitário. Crítico, mas não azedo. Cético, mas não cínico. Complicado, mas não intolerável. Sincero, mas não inconveniente. Veemente, mas não agressivo. Alegre, mas não leviano. Grave, mas não iracundo. (Ricardo Gondim)

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

ETAPAS



De vez em quando o vento surge na popa;

De vez em quando!

A navegação entra em rotas aparentemente calmas;

Aparentemente!


Corro contra o tempo e mesmo quando o vento sopra a favor,

Pressinto que o destino se mantém ainda distante.

Tudo porque, careço sustentar o excesso dos meus pesos,

E as consequências dos meus tantos equívocos.


Quando penso que sou, simplesmente estou,

Incerto se sigo certo nos caminhos que vou.

Hoje aqui, amanhã não sei,

E do pouco que já sei, falta-me a lucidez.


Agora, encerro etapas,

Festejo batalhas vencidas, mas não a guerra.

Não devo e não posso me afastar de Ti.

Insurjo-me outra vez aos Teus cuidados.



por Magno Ribeiro em 25/12/2009.

Feliz dois mil e todos!



Desejei iniciar minhas palavras de um feliz ano bom a você, copiando àquelas do Apóstolo Paulo [São Paulo para alguns], quando disse: “quem espera desta vida apenas o que se vê já é a mais infeliz das criaturas”...


Não tenhamos, pois, medo do que possa vir a acontecer amanhã, em 2010, no outro ano ou em qualquer outro tempo; antes, porém, creiamos no único Deus que é fiel e poderoso para guardar-nos no dia mau. Isto é o que nos basta! Tudo porque, Aquele que criou todas as coisas que vemos, sentimos, cheiramos, ouvimos, necessitamos, percebemos e até mesmo as que não vemos nem compreendemos, fará sobressair Sua vontade eterna, graciosa e soberana sobre nossas vidas e tudo o mais que possa existir para completá-las, a fim de nos fazer bem e não mau.


Sim, porque quem criou as galáxias e os organismos pluricelulares, também colocou no mesmo pacote a vontade de amar, o querer andar de mãos dadas com a pessoa que se ama e se quer bem, criou o amor carinhoso e doce entre pais e filhos, avós e netos. Aquele que chamou à existência o que não existia, também desenhou pulsões de desejo e paixão entre homens e mulheres, que quando se encontram, descobrem-se completos um no outro. Sem pudor e sem vergonha, sem reservas e sem medo, o Criador criou o amor que desafia a física, a química, a geografia e a matemática, porque fez de dois, apenas um. Uma só carne feita de sonhos, expectativas e vontades diferentes que se encontraram na vida para serem um só, feito de duas partes completas que ficam cada vez mais completas um no outro.


Portanto, eis o segredo para este tempo e para os próximos: amar e amar.


Daí, o meu desejo para você em 2010 e sempre, é que perca as desesperanças ao invés da esperança! Confie mais Naquele que nos projetou para a vida! E quando digo de vida, digo no mais amplo sentido que ela possa ter, inclusive nas coisas mais simples ou singelas, como é sentir a brisa suave acariciando o rosto; como é ver as nossas crianças e a dos outros correndo alegres; como é sentir o coração batendo mais forte ao vermos a pessoa amada; como é quando descobrimos que todos os dias são oportunidades de semear coisas novas e boas; e até mesmo quando nos deparamos com a vida de gente que sofre, que tem dor sim, tem angústias, mas não perde a fé Naquele que não vemos, mas que vive pelos séculos dos séculos.


Neste ano ou no além, neste tempo ou fora dele, nesta possibilidade ou em todas as outras, Aquele que nos chamou à existência não para a morte, mas para a vida em abundância e em plenitude de alegria eterna, lhe abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!



MAGNO RIBEIRO

domingo, 20 de setembro de 2009

RESTA-ME



Salvo do naufrágio,
Agora ando exilado em mim.
Buscando o que não perdi,
Encontrando o que nem sei.

Respiro uma vida, enquanto aspiro outra;
Dividido entre elas, não inspiro nenhuma.
Mantido só pela razão,
Temo e não arrisco nada.

Crio fórmulas sem formas,
Componho músicas sem letras.
Ao medir-me, constato limites,
Reconheço que pouco me conheço.

Também não entendo o que se passa,
Tampouco, em tudo consinto.
Resta-me a esperança que ainda tenho em Ti,
Resta-me o conforto que ainda vem de Ti.

por Magno Ribeiro em 20/9/2009 às 5:00h

sexta-feira, 31 de julho de 2009

ENTRE PLANOS


Entre o plano “A” que feneceu,
E o “B” que não é meu,
Por vezes me enxergo regando inférteis,
Cultivando vazios,
Ausentando-me da sensatez.

As muitas lacunas do agora,
De tempos em tempos,
Ofuscam o olhar daquilo que haverá de haver no horizonte.
Daí, meus anseios de tão ansiosos,
Lutam para que eu ceda, retroceda.

Ainda convalescendo,
Reconheço e confesso a pequinesa da minha fé.
É neste exato instante que, milagrosamente,
Sou chacoalhado pelo dono do plano “B”, e ouço:
“Coragem! Sou eu! Não tenha medo!”


por Magno Ribeiro em 31/7/2009 às 05h20min.

sábado, 4 de julho de 2009

Oscilações


Agora lúcido,
Logo mais, confuso.
Alterno lucidez e confusão,
Meio que consentindo uma esperança volátil.

Neste quase é,
Deste pode ser,
Alimento o nascer de ansiedades,
E o renascer das velhas angústias.

Se ao menos restasse lúcido ou confuso de vez!
Mas não; vivo neste estar entre.
Entre humores e temores, rumores e dissabores;
Oscilo a todo instante.

Os sonhos ainda acordam divididos;
Uns refletem findo o horror,
Outros projetam pesadelos, mesmo que sem terror.
Quisera que estes outros, jamais sejam reais!

Ainda trago comigo parte do que recuso.
Talvez por isto a sensação de arrepio,
O asco do antigo, o receio do novo;
Talvez por isto, oscilo em oscilações.

Quem diria que eu me desacolhesse tanto!
Mas, tenho de dar as costas para o saldo de trevas,
Voltar-me para frente, ou melhor, para cima onde amanhece,
E incitar de vez este coração contrito.

por Magno Ribeiro em 4/7/2009 às 21h05min.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

LABIRINTO


Atropelos e ideais insidiosos,
Levaram-me a desterros e desertos,
Ilhas e trilhas.

Muros se fechavam ou bifurcavam-se;
Adiante, multiplicavam-se em novos muros.
Era o círculo vicioso de alamedas estreitas e sombrias.

Crendo caminhar por atalhos,
Vi-me metido nas entranhas de um labirinto,
Recomeçando sempre que imaginava terminar.

Rodeado de certezas, quase sempre incertas,
Tornei-me papel em branco,
Sem linhas, sem tintas, sem textos.

Fui dor e doente,
Abastado e miserável,
Primeiro indicio, depois alvo.

Emparedado, sem horizonte,
Verticalizei ao erguer o olhar,
Até enxergar focos de luz.

Arfando, sôfrego, indeciso e lerdo,
Contornei as próximas esquinas,
Até que dei de cara com a saída.

Estancada, a vida pegou no tranco.
E do final daquilo que seria o fim,
Despontou o início do recomeço.

Daquele foco de luz, surgiram contextos,
Apareceram tintas, letras sobrevieram,
Palavras têm se formado; acenam-se os textos.


por Magno Ribeiro em 1/7/2009 às 20h33min.

terça-feira, 9 de junho de 2009

MEU EU E EU


Envolveste-me com tamanha sutileza,
Que por épocas sequer percebi.
Agi como um tolo,
E em tolo me tornei.
Segui por incontáveis caminhos, todos teus,
Deixei-me ser levado por tuas quimeras,
Não pensei na dor,
Mas seria óbvio que viria.
Despercebido protegi-te,
Enquanto desprotegia-me.
Não obedeci aos sinais,
Fui ultrapassando todos os limites;
Veloz, não foi possível parar sem me machucar.
Que insensatez!
Quanta estupidez!

Felizmente você, meu eu,
Já não mais tem absoluto influxo sobre nossa vida.
Tuas palavras já não me embebedam nos primeiros goles,
Seria preciso alto teor para tanto,
Seria preciso mais que um dia,
Entretanto, vivo só por hoje.
O amanhã não mais a mim pertence,
Tampouco a ti.
Quando acordo, já não é você quem procuro,
E como não te procuro, me encontro.
Encontro-me, mas não em mim,
Alcancei enorme graça,
Fui perdoado e me perdoei.
Que alívio!
Quanta sorte!




Por Magno Ribeiro em 9/6/2009 às 22h34m.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

FASES DO OLHAR


Olho para trás!
Não creio no que vejo.
Preciso crer!
Abaixo a cabeça,
Preciso erguer!
Nada fácil, mas preciso.
Quando sem forças,
Não entrevi sobrevivência,
Ainda assim tive que sobreviver!
Sem o sorriso é bem verdade,
Ele se foi, respeitou o momento.
Envergonhado com o que vi, decidi,
Somente regressaria verdadeiro.

Olho para cima!
Vejo o que não cria.
Preciso de socorro!
Levanto a cabeça,
Tenho de curvar!
Não mereço, careço.
De Ti logo me veio toda força,
E do Teu existir,
Minha nova existência!
Até a sorte, restaurada,
Invadiu o tempo presente.
Enquanto que o sorriso, escancarado,
Retornou dando conta de um futuro bom.

Olho para frente!
Mesmo sem ver, creio.
Confiar é preciso!
Ergo meu olhar,
Tenho de enxergar!
O Teu tempo, meu tempo será.
Se é desejo Teu me tornar ouro,
Aceito o fogo,
Me darás resistência!
O porquê, já não mais importa,
Acredito no Teu ‘tende bom ânimo’.
E seja para onde for à direção do meu olhar,
O Teu, estará em mim até o instante final de meu dia último.




por Magno Ribeiro em 24/5/2009 às 14h43min.

sábado, 23 de maio de 2009

FUTURO DO PRESENTE


Quisera poder reviver o que deixei de viver,
Andar pelos caminhos que os descaminhos me afastaram.
Quisera poder regressar a minha forma primária,
Apreciar a poesia de ser jovem, curtir as insônias,
Aprender a comer legumes e balancear os sabores do meu paladar.
Diante de absoluta impotência, o existir do meu presente,
Somente me é suportável pela onipresença do Criador.

Quem dera tivesse eu a ciência do futuro!
A frustração do passado teria sido evitada,
E os desacertos eliminados.
Mas, só a utopia faz-me desejar a prerrogativa do Supremo,
Que o bom senso me assegura ser inalcançável.
Nada a fazer, se o passado no passado,
Nem mesmo a onipotência divina se propõe recria-lo.

Pudera essa sensação contínua de ter deixado de se viver algo,
Afinal, o presente se tornará passado no próximo instante.
Resta-me vislumbrar o futuro,
Projetado pelos meus sonhos,
Ainda que imperceptível, inaudível e em parte intangível.
Contudo, o futuro do presente,
Não me pertence, repousa na onisciência de quem me criou.




por Magno Ribeiro em 23/5/2009 às 18h48min.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

IMPACIENTE FÉ



Espero com impaciência!
Quisera não ser impaciente;
Tenho sido.
Minhas resistências são quase sempre medidas até o limite,
E da puerícia parece não querer sair essa minha fé.

Da impaciência, inquietação!
Inquieto, corro o risco de entregar-me a mim;
Disto resultaria o caos.
Me livres, pois, dessa entrega de fracasso garantido;
Volver em minha direção será o recomeço para o nada eterno.

Quando se trata de mim, sou levado a crer,
Que a Tua preferência de chegada é no dissipar das minhas forças.
Resignado acato.
No entanto, desterra essa repugnante incredulidade que me habita,
E recicla essa minha impaciente fé.


por Magno Ribeiro em 7/5/2009 às 15h58min

segunda-feira, 27 de abril de 2009

CRIADOR DE MIM


Criador de mim!
Tu que enxergas no profundo do meu interior,
Tu que sabes o que nem mesmo sei se virei a saber,
Impede, pois, a insídia a que tende esta criação que é tua.

Se o meu coração é falaz,
Se fugaz é a minha intenção,
É da tua interferência,
Que se impele o renascer desse ser que é teu.

Criador de mim!
Tu que tens a direção da cena,
Tu que és o autor da trama,
Refaz o cenário dos meus próximos atos.

Se preciso, sopra de novo,
Se essencial, forma outra vez;
Contanto que intuas em mim o teu querer,
E desde então, nada mais haverei eu de olvidar.

Criador de mim...



por Magno Ribeiro em 28/4/2009 às 02h08min

quinta-feira, 23 de abril de 2009

GRATIDÃO



Insurgi-me contra Ti,
Por tempos rendi-me a indiferença.
Assim mesmo surgiste em meu favor;
Surgiste, no entanto apenas à minha parca visão,
Conquanto, jamais apartastes Tua retina de minha direção.

Bastou-me apenas um abrir a porta,
Fizeste a festa e toda diferença.
O meu entendimento se viu convolado por esse Teu olhar;
Já a esperança perdeu o seu avesso,
Enquanto eu ressurgia do nada para o algo.

O que sucedeu aos muitos dias de noites,
Foi um tudo feito luz; uma nova manhã.
Irradiante a canção se tornou louvor,
E envolto em lances de exultação,
Expresso toda essa minha gratidão.




Por Magno Ribeiro em 24/4/2009 às 00h29min.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

O QUE FAZER QUANDO NOSSOS FUNDAMENTOS SÃO BOMBARDEADOS?

Se forem destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?
O SENHOR está no seu santo templo, o trono do SENHOR está nos céus; os seus olhos estão atentos, e as suas pálpebras provam os filhos dos homens.
Salmo 11:3,4

Inicialmente busquei o sentido do termo “fundamentos”, utilizado pelo salmista e cheguei a conclusão de que ele se referiu a alicerce, estrutura.

Neste caso, a pergunta do salmista pode ser perfeitamente a minha. O que fazer quando tudo está ruindo? O que pensar quando mais que a liberdade, falta também a provisão das necessidades básicas da vida? Como agir quando pessoas que amamos padecem?

Curiosamente, o salmista responde a pergunta com uma declaração: “O SENHOR está no seu santo templo, o trono do SENHOR está nos céus”.

Logo, concluo que a pergunta parte da terra, enquanto que a resposta provém dos céus. Ora, neste caso tenho necessariamente que considerar dois ambientes distintos:

1. O primeiro ambiente está diretamente relacionado com a minha humanidade que é exposta a preocupações, dificuldades, doenças, relacionamentos, incertezas, tristezas e tantos outros sentimentos temporais;
2. O segundo ambiente é divino. Não muda, não desmorona, não está subordinado a governos, a sistemas econômicos e nem a condições climáticas;

É certo, portanto, que o que me controla, não controla Deus. O que me preocupa, não preocupa Deus. O que me cansa, não atinge a Deus. Deus não está preso ao corpo, logo pode estar em todos os lugares; Os ouvidos de Deus são diferentes dos meus, logo ele pode ouvir a oração de todos. Porque Ele está no seu santo templo, Deus está nos céus, Ele está acima de todas as coisas. Ele não se cansa e por isso não descansa.

Decerto é, que quando tudo parecer estar ruindo, quando os fundamentos estiverem sendo bombardeados pelas lutas, pelas perseguições ou pela injustiça, o conhecimento de que Deus está no seu santo trono, me dá a confiança de que preciso para enfrentar o futuro incerto. Quando sei que Deus está no controle do universo, posso descansar seguro, porque também sei que dos céus Ele poderá a qualquer momento se inclinar e ouvir a minha suplica e suprir todas as minhas necessidades.

Embora não possa entender o seu propósito e plano, preciso confiar que Ele está no seu trono no firme controle da minha vida e que tem total conhecimento de tudo quanto me aflige, me agonia. Nele encontro a solidez para os meus alicerces. Como diz a sua palavra de promessa: “os que confiam no SENHOR serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre”.

Devo, pois, entregar o meu caminho ao Senhor, confiar Nele, que o mais Ele fará. (ref. Salmo. 37:5)

Amem!


por Magno Ribeiro em 25/5/2008.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

SINOPSE

De equívoco em equívoco,
Distanciei-me do Teu habitat.
Ignorei tudo que já havias planejado,
E sem pestanejar me senti absoluto.
Aventurei-me por traçar sozinho outro plano;
Idealizei, projetei, executei, fracassei.

De fracasso em fracasso,
Abismos atraíam outros tantos.
Se as manhãs eram dedicadas aos sonhos,
As noites embalavam pesadelos.
Excedi-me em excesso,
Enfureci-te descomedidamente.

A fúria do Teu amor,
Causou-me espasmos em toda musculatura.
Meus ossos como que esmagados,
Deixaram expostas as fraturas das minhas transgressões.
Mesmo depois do Teu socorro,
Ainda sinto dores, enxergo cicatrizes.

Em vestígios de estrago
Enternecido aceitastes minha contrição.
Abrandastes o rigor do castigo,
Premiado fui com o Teu perdão.
Por toda expressão de Tua grandeza,
Me rendo, me prostro, Te exalto, Te adoro.


Por Magno Ribeiro em 17/4/2009 às 00h:50m

segunda-feira, 13 de abril de 2009

NO LIMITE

Mateus 27: 45,46
E desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra, até à hora nona.
E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?


Existem pessoas que estão vivendo no limite, pessoas gritando por socorro, mesmo a despeito de servirem a Deus. Tais pessoas estão cansadas de esperar e por causa do sofrimento estão abandonando os seus planos.

Quando se vive no limite, quando as forças cessam e quando a fé parece inexistir, é humano que gritemos. Jesus gritou em voz alta. Ele, o filho de Deus, para quem todas as coisas foram feitas, chegou o momento que não mais agüentou. Restou-Lhe apenas o grito, o pedido de socorro, o reconhecimento de que suas forças estavam no final. Jesus foi honesto com Deus declarando seu cansaço.

E é com este exemplo que procuro estabelecer a melhor forma para se atravessar, diante de Deus, momentos de sofrimentos, de angústias, de dores, melhor dizendo: o caos.

Ao gritar em voz alta na presença de todos (Deus meu, Deus meu!), Jesus demonstrou primeiramente honestidade com o Pai.

Foi como se dissesse a Deus:

a) Pai eu não me incomodei ter vivido até hoje diferente de como haveria de se esperar da minha condição de filho primogênito do Criador do Universo;
b) Eu nunca reclamei de não ter tido amigos, de ter vivido uma vida familiar restrita, de haver vivido perambulando pelo mundo;
c) Deus meu, eu não fiquei chateado quando os meus próprios discípulos me abandonaram (Mat. 26:56);
d) Eu me mantive em silêncio enquanto me humilhavam ( Mat. 26:63);
e) Porém, Deus meu e meu Pai: desprezo eu não agüento; me desamparares na pior hora de minha vida, isto eu não posso entender, por favor, não me leves a mal por está sendo muito honesto contigo, contudo, sou Teu filho e foste Tu mesmo que me fizeste humano.

Mesmo sabendo Jesus o propósito da cruz, Ele não ficou calado. Ele foi naquele instante profundamente honesto com o Pai e também foi absolutamente humano.

Humanos gritam, humanos choram, humanos pedem ajuda, humanos querem saber o porque, até mesmo quando já sabem.

Na condição de humano, Jesus estava no seu limite.

Mesmo sendo Ele o filho de Deus, mesmo sabendo Ele de todas as coisas, Jesus não deixou de ser humano quando quis saber o porquê daquele sofrimento (por que me desamparaste?).

Finalmente, constato que mesmo se encontrando no limite, mesmo tendo Jesus se colocado diante de Deus com honestidade e reconhecendo sua humanidade diante do sofrimento, Jesus não abandonou os planos.

Observo que ao longo de seus dias no mundo, Jesus havia expulsado demônios, curado enfermidades, acalmado o mar revolto, ressuscitou mortos, portanto, seria perfeitamente concebível que Ele vivendo aquele sofrimento que o levaria a morte, pudesse ter reivindicado seu poder ao Pai. Poderia até ter determinado que anjos viessem em seu favor e assim resgatá-lo daquela cruz.

Entretanto agindo assim, Ele estaria abandonando todos os planos. Que planos?

Está escrito:

João 3:16
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

Qualquer coisa que Jesus fizesse naquele momento para aliviar seu sofrimento, qualquer pedido que fizesse a Deus neste sentido, seria admitir abandonar os planos. Neste caso tudo que havia sido feito estaria perdido.

Assim, aprendo com Jesus o que fazer quando se está no limite!

Verdade é que tem horas que a vontade é gritar; há momentos que a idéia que nos vem é a de que Deus nos desamparou; instantes existem que pensamos em abandonar todos os planos.

Nestas ocasiões é chegado o momento de sermos honestos com Deus; precisamos reconhecer a nossa humanidade, nossas limitações e fraquezas, todavia, jamais abandonar os planos.

Que planos?

Jesus morreu na cruz para que tenhamos vida e vida com abundância; para vencermos o mundo e para termos vida eterna.

Portanto, mesmo no limite, lembremos que Deus é Deus e que Ele age no impossível (Luc. 1:37).

domingo, 12 de abril de 2009

ESCOLHAS



Arrisquei-me escolhendo!
Bifurcações se multiplicavam diante de mim.
Quanto mais atraente fora a rota escolhida,
Tanto mais forte colidi, ao final fracassei.
Dos fracassos de ontem,
Restou-me a timidez de hoje.

Ainda arrisco-me quando escolho!
Nem sempre escolho o que quero,
É no que não quero para onde se inclinam minhas tendências.
Convivo nesta contínua peleja,
Da pertinácia que emerge dos meus tecidos,
Com o que busca inovar os meus sentidos.

Agora mesmo preciso escolher!
Desde já corro riscos.
Se enxergar o que perversamente me atrai,
O que é benévolo, o que me encanta, distancia-se de mim.
Felizmente já não mais estou só,
Fui escolhido, logo pressinto o que devo escolher.


por Wittembergue Magno Ribeiro em 12/4/2009 às 12h30min

sábado, 4 de abril de 2009

ENTRE SECOS E MOLHADOS


Não raras são às vezes em que pretendemos de forma cômoda, conciliar o certo com o duvidoso; a lógica com o desatino; a luz com as trevas. Quando agimos desta maneira, maliciosa ou ingenuamente, estamos sempre aptos a encontrar justificativas para associar estes e outros opostos. Mas, a verdade é que não há como encontrar formatos para se viver saudável e dignamente diante de Deus, possuindo caráter ambivalente.

Certa feita, ao contar a parábola de um administrador desonesto, Jesus retratou fielmente a intenção que se enraizou em muitos de nós, qual seja a de se exercer um proceder comprometido com os preceitos divinos, sem, no entanto, abandonar os conceitos equivocados de nosso tempo.

A parábola registrada em Lucas 16:1-13, talvez tenha sido a que melhor reuniu o interessante com o inusitado, por ter se servido Jesus do exemplo de um homem mundano e corrupto, para ensinar aplicações fundamentais à vida dos cristãos. É provável que ao utilizar histórias do cotidiano para ensinar lições espirituais, Jesus tenha lançado mão de uma constatação humana, de que pessoas entendem mais facilmente as coisas materiais. A analogia foi sem dúvida uma ferramenta importante para que Ele pudesse tornar mais compreensível os princípios do reino do céu.

O registro em comento traz um personagem que fora acusado de ter administrado mal os bens do seu senhor, logo, seria demitido, e assim, haveria de apresentar imediatamente a prestação de contas com o relatório de todos os haveres em favor daquele. A bíblia diz que havendo o homem refletido, elaborou um plano para reduzir as dívidas que as demais pessoas contraíram com o seu patrão e, após os acordos de redução pactuados, o administrador idealizou que mesmo perdendo seu emprego, estaria garantido com aquelas mesmas pessoas, assegurando desta forma o seu futuro bem próximo.

Pela sua astúcia, o administrador foi até elogiado pelo seu senhor, sendo esta, a meu ver, a principal lição que Jesus procurou transmitir com a parábola. Evidentemente que ao dizer “pois os filhos deste mundo são mais astutos no trato entre si do que os filhos da luz" (Lucas 16:8 - NTLH), Ele não consignou sob qualquer hipótese apoio à desonestidade, mas, ponderou como o mundo está mais bem servido por seus servos, do que Ele pelos que são Dele. Os objetivos, é claro, são diametralmente opostos, contudo, aqueles que estão no mundo têm sido mais diligentes em cuidar de seus próprios corpos do que cristãos em cuidar das suas almas.

Aquele administrador infiel percebendo qual seria o final daquela abordagem, ele não chorou, não se lamentou, mas encarou a realidade e começou a preparar o futuro. Avaliou de pronto em como seria depois que perdesse o emprego vigente, conquistou sua network e garantiu segurança financeira para depois do fim.

Certamente o que Jesus quis demonstrar com este exemplo, foi que diferente dos que não são Dele, nós cristãos vivemos quase sempre desatentos ao futuro que virá depois do fim. Temos visões encurtadas, pensamos no imediato, naquilo que se pode alcançar já, esquecendo que a vida que Deus nos assegura, é eterna e vai muito mais além de tudo quanto está sobre a mira da nossa visão.

E neste campo, fracassamos porque buscamos servir a dois senhores. Ao mesmo tempo em que dizemos confiar em Deus, depositamos confiança quase que incondicional em nossos próprios conhecimentos e forças. Enquanto afirmamos e reafirmamos dominicalmente a nossa fé em Cristo Jesus, cremos de segunda a sexta que os nossos problemas encontram fim a partir da conquista do dinheiro.

O administrador retratado por Jesus não obteve êxito servindo simultaneamente ao seu patrão e ao senhor da sua (dele) vida – o dinheiro. Todavia, ao ser confrontado por aquele senhor, sem pestanejar, optou por aceitar a demissão, não sem antes, porém, buscar nas ações seguintes, garantir a vida vindoura as suas próprias custas. Pelo menos neste aspecto aquele homem foi honesto. Neste mesmo sentido, Deus espera nossa honestidade, não tendo sido sem causa que Jesus afirmou que “um escravo não pode servir a dois donos ao mesmo tempo, pois vai rejeitar um e preferir o outro; ou será fiel a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e também servir ao dinheiro” (Lucas 16:13 - NTLH).

Temos, pois, que escolher entre servir a Cristo totalmente ou abandoná-Lo. Não existe meio termo. Com Deus não há conciliação de antagônicos; não se pode viver entre secos e molhados. Quem fica em cima do muro, cai.

MATEUS 6
25 Por isso eu digo a vocês: não se preocupem com a comida e com a bebida que precisam para viver nem com a roupa que precisam para se vestir. Afinal, será que a vida não é mais importante do que a comida? E será que o corpo não é mais importante do que as roupas?

26 Vejam os passarinhos que voam pelo céu: eles não semeiam, não colhem, nem guardam comida em depósitos. No entanto, o Pai de vocês, que está no céu, dá de comer a eles. Será que vocês não valem muito mais do que os passarinhos?



Por Magno Ribeiro em 3/4/2009.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

ILHADO

Do negrume daquele instante,
Enxerguei o facho da Tua luz;
Ilhado pelo que me maculou,
O que a partir de Ti reluziu,
Transformou-me numa possibilidade.
Esta possibilidade em espera;
E a espera na Tua definitiva chegada;

Do clarão deste novo instante,
Vi-me carinhosamente embarcado por Ti;
Daquilo que me ilhava, salvação!
Agora em águas claras,
Navego somente em Tua direção;
Tu já és o caminho,
E a verdade de minha vida.

por Magno Ribeiro em 3/4/2009 às 6h46m.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

A CHEGADA

Quando chegou, eu ainda Te esperava;
A retina já embaçada,
Subitamente tornou visível o Teu invisível rosto.

Os meus ultrapassados limites,
Passaram a entrever doces horizontes,
Somente porque Tu chegastes.

Se não fosse a dolente espera,
Queria eu Te esperar mais vezes,
Tudo para divisar Tua sutil aproximação.

Quando Tu chegas,
A imaginação cede lugar ao real,
E o silêncio converte-se em euforia.

Porquanto, já não careço saber onde estás,
Conquanto a espera cessou.
Tu estas bem aqui!



Por Magno Ribeiro em 1/4/2009 (04h45min)

segunda-feira, 30 de março de 2009

TEMOR OU MEDO?


Tenho temor!
Tenho medo!

Meu medo às vezes é maior se penso em Ti.
Vivo com medo do que deveria ser apenas temor.
Se em algumas ocasiões Te ouço dizer pra não ter medo,
Em outras é como se eu Te ouvisse dizendo pra ter.

Assim, ando com medo de meu silêncio,
Medo do Teu silêncio,
Medo dos meus pensamentos,
Medo desse meu comportado pavor.

Enfim, tenho medo dos meus medos!

Tenho medo até de confundir-me nas escolhas,
Medo que o passado se faça presente,
Que o presente não seja futuro,
Medo que desconfiem que esteja com medo.

Temer ou ter medo? Tenho ambos!

Sei que temer a Ti é odiar o mal;
A soberba e a arrogância,
O mau caminho e a boca perversa.

Preciso e quero odiar tudo isto!
Tenho medo de não conseguir.

Por Magno Ribeiro em 26/1/2008.

domingo, 29 de março de 2009

EU, SUJEITO

Me sujeito ao Teu jeito,
Porque sei que não fui perfeito.


Me sujeito ao Teu jeito,
Porque sei que ainda tem jeito.


Me sujeito, me consumo.
Mas sei que És o insumo,
Pra esse meu novo jeito,
Que ainda meio sem jeito,
Já está deTi sujeito.


Me sujeito agora, me sujeito qualquer hora,
Porque sei que nem sempre estive sujeito
Ao Teu jeito, que de tão perfeito,
Ao meu jeito não deu jeito.


Me sujeito pelo que És,
Me sujeito pelo que haverás de ser.
Me sujeito porque És duro,
Me sujeito porque És doce.


Desse jeito eu te amo,
E porque te amo, estou a Ti sujeito.



(Por Magno Ribeiro em 12/1/2008)

sábado, 28 de março de 2009

A REFORMA

Foi preciso ver desmoronado o castelo;
A areia cedeu ao primeiro sopro.

Foi preciso um novo dilúvio,
Para me dar conta que até a fauna sucumbiu;

Foi preciso despir-me por inteiro,
Para enxergar sujeira nas minhas vestes;

Foi preciso a reforma - foi precisa.

Precisa pela tempestividade;
Precisa em continuidade;
Precisa para a eternidade.


Por Magno Ribeiro em 29/3/2009 (02h30min)

A ESPERA (II)

(Por Magno Ribeiro em 16/12/2008)

Já não há mais forças;
Já nem mesmo sei o que ainda há.
Minhas limitações ultrapassam os meus limites;
Meus sentidos pouco Te sentem,
Tudo anda comprometido.
Não que eu tenha desistido de Ti,
Contudo, não sei esperar.
Preciso esperar!

Tuas palavras confortam, mas já não resolvem;
Teus gestos andam tão imperceptíveis,
Ou é a minha sensibilidade que tem andado insensível?
Nada à flor da pele.
Nada além do que vejo.
Não que eu tenha desistido de Ti,
Apenas não aprendi a Te esperar.
Vou ter de esperar!

Nesse jogo inacabado;
De tempo em tempo, prorrogação;
A vitória é só esperança.
Já a esperança, anda tão desesperada,
Busco alívio e em vez disso, angústia.
Mas não vou desistir de Ti,
Tenho de aprender a esperar.
Eu vou Te esperar!

A ESPERA (I)

(Por Magno Ribeiro em 2/12/2008)


Estou à Tua espera
E Tu bem sabes.
Ando cansado,
Espero cansado, mas espero.
Procuro ouvir a Tua voz,
Nem sempre ouço.
Agora, só silêncio.
Assim mesmo Te espero.
Enquanto Te espero,
Altos e baixos.
O Teu tempo me confunde,
Contudo, Te espero.
Onde estás?

DESABAFO

De tudo que eu sei,
Pouco ainda sei de Ti. Também pouco tenho a meu favor,

Se confuso e efêmero é tudo quanto já sei que sou.

Ah se eu soubesse ao menos um pouco do muito que sabes de mim!
Ampliaria nossos horizontes;
Reduziria nossas diferenças;
Me direcionava para bem mais próximo de Ti.

Por Magno Ribeiro em 27/3/2009.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Às vezes presente,
Tantas vezes ausente.
Presente ou ausente,
Eu tenho fé.

Seja do tamanho de um grão,
Seja microscópica,
Sutil ou intensa,
Ela é a minha fé.

Se com ela me convenço, sem ela me venço.
Se com ela eu falo, sem ela me calo.
Se há nela esperança, sem ela nada sou.

Nos territórios transitórios da vida,
Espero algum dia poder ouvir:
A tua fé te salvou!

(Magno Ribeiro em 3/12/2008)

PAU QUE NASCE TORTO MORRE TORTO. (Será?)


Por Magno Ribeiro em 19/3/2009 (21h53min).


“Pau que nasce torto morre torto”. Hoje acordei com esse ditado popular na memória. Talvez por haver, no passado, ouvido-o tanto, e por vezes associado a um dedo indicador voltado para minha direção; ou simplesmente como uma fonte de inspiração para alimentar esse meu desejo, ainda infantil, de escrever. Com o advento da informática, quase sempre quando digo escrever, quero dizer digitar e agora, diante de um computador conectado ao mundo cibernético, busquei a definição para ditado popular e encontrei ser “uma sentença de caráter prático e popular, que expressa em forma sucinta, e não raramente figurativa, uma idéia ou pensamento”.

Considerando tal preceito, o dito popular trazido à minha memória no meu despertar, submete todo sujeito que porventura tenha nascido com alguns desvios de conduta (torto), a um júri popular que já possui um veredicto pronto que é o de não se ter outra escolha durante a vida, a não ser a de viver até a morte como supostamente nasceu. Nasceu torto, vive e morre torto e ponto. Nada que venha o “torto” a fazer poderá mudar esse status contínuo de ter nascido torto. Sequer poderá ele recorrer da sentença imposta, neste caso, unilateral e mortal.

Ora, quando mantenho apenas a linguagem figurativa na fala popular, observo que até mesmo os paus que efetivamente nasceram tortos, adquirem novas formas e excelentes acabamentos quando moldados em serrarias e, se manipulados por experientes marceneiros, ganham contornos e transformam-se em artefatos requintados e valorizados, conquistando por fim, funções nobres. Logo, ao restabelecer a relação figurativa da fala, preciso crer que pessoas, como paus, até podem nascer tortos, porém morrer como nasceram não pode ser uma simples sentença de caráter prático e popular; quando muito é escolha.

Felizmente eu e todos os outros “tortos” espalhados pelos recantos deste planeta, podemos alcançar em Jesus o habeas corpus para esta cruel sentença. É apenas uma questão de descrer no popular, para crer no divino. Isto porque, através do amor de Cristo somos todos objetos de Sua experiência em carpintaria, mesmo quando o que se acredita é que para os “nascidos tortos”, não há mais qualquer alternativa, uma vez que já teriam cruzado uma linha para além da qual não há mais retorno.

Creio, portanto, que haverá sempre gente “torta” querendo passar pela serraria e marcenaria divinal e que por esta razão, não importa onde se encontrem, seja em praças, quartos escuros, hospitais e até mesmo em prisões, clamarão por Deus e suplicarão que lhes mostre um caminho de volta e Ele, que não resiste a um coração arrependido, atenderá, dando-lhes um novo nascimento, mostrando-lhes a verdade e garantindo-lhes uma vida eterna.

Assim, para mim que nasci torto, haver descoberto a tempo, que ao invés de ter tão somente a opção de morrer tal como eu nasci, tenho também, em Cristo Jesus, a possibilidade de nascer novamente, sem culpa e com tudo que já foi torto, modulado, me trouxe alivio e me tirou o peso da discussão trazida pelo adágio que movimentou os meus pensamentos iniciais deste dia.

Dessa maneira, ainda que tardiamente, rechaçarei a partir de então tudo quanto for popular, sempre que afrontar o que é divino. Entendo, portanto, ser afrontoso a Deus, condenar sumariamente a não se ter escolhas, desde o nascimento até a morte, todos aqueles “paus que nasceram tortos”, como eu. Porquanto, creio que tanto para mim, quanto para todos, Jesus Cristo concedeu a possibilidade do novo nascimento e por via de conseqüência, a de que venhamos ser novas criaturas. Sei também que para quem escolhe a Cristo e nasce novamente, há garantias de não mais haver condenação, de que as coisas velhas passam a inexistir, e de que tudo se transforma em novo.

Encerro o meu dia e estes escritos digitados, desautorizando a fala popular em minha vida, por ter entendido que até mesmo para “paus que nascem tortos”, existirá sempre a oportunidade do renascimento em Cristo, e sendo assim, morrer torto será apenas uma escolha, jamais uma sentença. Escolho, pois, através do perdão ofertado por Ele, transferir para o passado tudo quanto até agora tem sido torto em mim, e passo a nortear o meu caminho a partir do manual de conduta que encontro em Sua Palavra. Como resultado deste novo viver, sei que alcançarei vida e vida em abundância.



Agora já não existe nenhuma condenação para as pessoas que estão unidas com Cristo Jesus. (Romanos 8:1 – NTLH)

Quem está unido com Cristo é uma nova pessoa; acabou-se o que era velho, e já chegou o que é novo. (II Coríntios 5:17 – NTLH)