Seja...Triste, mas não amargo. Introspectivo, mas não solitário. Crítico, mas não azedo. Cético, mas não cínico. Complicado, mas não intolerável. Sincero, mas não inconveniente. Veemente, mas não agressivo. Alegre, mas não leviano. Grave, mas não iracundo. (Ricardo Gondim)

domingo, 20 de novembro de 2011

DESENCONTROS E ENCONTRO.


Busquei frutos, encontrei sementes;

Procurei flores, enxerguei espinhos;

De dia, plantei sonhos;

De noite, colhi insônia.


Percorrendo estradas, me perdi em caminhos;

Navegando mares, ancorei em rios;

Do insistir, restou cansaço;

Do persistir, fracassos.


Pelo tempo, conheci a pressa;

Na pressa, as frustrações;

Nas frustrações, o medo;

No medo, encontrei a Ti.


Por Magno Ribeiro em 20/11/2011.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

RECORDO-ME



Recordo-me agora das certezas, tão incertas,

Das dúvidas que já havia olvidado,

Dos temores vividos,

Dos terrores passados,

Da querida e inócua arrogância;

Recordo-me porque se foram,

E porque hoje já é outro dia.




Recordo-me agora de tudo o que foi,

De tudo que já não mais é,

Das dores que já não me doem,

Da antiga e errônea fé,

Das velhas e equivocadas práticas;

Recordo-me porque se foram,

E porque hoje já é outro dia.




por Magno Ribeiro em 19/8/2011

domingo, 19 de junho de 2011

CARÊNCIAS






Careço outra vez rever minha vida, redirecionar os meus passos e recolher os meus braços desse abraço que quase sempre se envolve com o inatingível.



Careço de Ti, hoje muito mais que antes, ainda ouço vozes, ecos do passado; e embora também Te ouça, por vezes ensurdeço-me.



Careço de coragem para gerar, gerir e digerir novos frutos, e para abarcar na essência o sentido desse elo que sempre houve entre mim e Ti.



Careço enxergar as fortes e doces evidências do Teu intenso cuidado, que a todo o momento se irrompe diante de mim, e assim, possa eu desatar tantos nós, aplacar de vez minhas agonias.



Careço...




Por Magno Ribeiro em 12/6/2011

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

ETAPAS



De vez em quando o vento surge na popa;

De vez em quando!

A navegação entra em rotas aparentemente calmas;

Aparentemente!


Corro contra o tempo e mesmo quando o vento sopra a favor,

Pressinto que o destino se mantém ainda distante.

Tudo porque, careço sustentar o excesso dos meus pesos,

E as consequências dos meus tantos equívocos.


Quando penso que sou, simplesmente estou,

Incerto se sigo certo nos caminhos que vou.

Hoje aqui, amanhã não sei,

E do pouco que já sei, falta-me a lucidez.


Agora, encerro etapas,

Festejo batalhas vencidas, mas não a guerra.

Não devo e não posso me afastar de Ti.

Insurjo-me outra vez aos Teus cuidados.



por Magno Ribeiro em 25/12/2009.

Feliz dois mil e todos!



Desejei iniciar minhas palavras de um feliz ano bom a você, copiando àquelas do Apóstolo Paulo [São Paulo para alguns], quando disse: “quem espera desta vida apenas o que se vê já é a mais infeliz das criaturas”...


Não tenhamos, pois, medo do que possa vir a acontecer amanhã, em 2010, no outro ano ou em qualquer outro tempo; antes, porém, creiamos no único Deus que é fiel e poderoso para guardar-nos no dia mau. Isto é o que nos basta! Tudo porque, Aquele que criou todas as coisas que vemos, sentimos, cheiramos, ouvimos, necessitamos, percebemos e até mesmo as que não vemos nem compreendemos, fará sobressair Sua vontade eterna, graciosa e soberana sobre nossas vidas e tudo o mais que possa existir para completá-las, a fim de nos fazer bem e não mau.


Sim, porque quem criou as galáxias e os organismos pluricelulares, também colocou no mesmo pacote a vontade de amar, o querer andar de mãos dadas com a pessoa que se ama e se quer bem, criou o amor carinhoso e doce entre pais e filhos, avós e netos. Aquele que chamou à existência o que não existia, também desenhou pulsões de desejo e paixão entre homens e mulheres, que quando se encontram, descobrem-se completos um no outro. Sem pudor e sem vergonha, sem reservas e sem medo, o Criador criou o amor que desafia a física, a química, a geografia e a matemática, porque fez de dois, apenas um. Uma só carne feita de sonhos, expectativas e vontades diferentes que se encontraram na vida para serem um só, feito de duas partes completas que ficam cada vez mais completas um no outro.


Portanto, eis o segredo para este tempo e para os próximos: amar e amar.


Daí, o meu desejo para você em 2010 e sempre, é que perca as desesperanças ao invés da esperança! Confie mais Naquele que nos projetou para a vida! E quando digo de vida, digo no mais amplo sentido que ela possa ter, inclusive nas coisas mais simples ou singelas, como é sentir a brisa suave acariciando o rosto; como é ver as nossas crianças e a dos outros correndo alegres; como é sentir o coração batendo mais forte ao vermos a pessoa amada; como é quando descobrimos que todos os dias são oportunidades de semear coisas novas e boas; e até mesmo quando nos deparamos com a vida de gente que sofre, que tem dor sim, tem angústias, mas não perde a fé Naquele que não vemos, mas que vive pelos séculos dos séculos.


Neste ano ou no além, neste tempo ou fora dele, nesta possibilidade ou em todas as outras, Aquele que nos chamou à existência não para a morte, mas para a vida em abundância e em plenitude de alegria eterna, lhe abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!



MAGNO RIBEIRO

domingo, 20 de setembro de 2009

RESTA-ME



Salvo do naufrágio,
Agora ando exilado em mim.
Buscando o que não perdi,
Encontrando o que nem sei.

Respiro uma vida, enquanto aspiro outra;
Dividido entre elas, não inspiro nenhuma.
Mantido só pela razão,
Temo e não arrisco nada.

Crio fórmulas sem formas,
Componho músicas sem letras.
Ao medir-me, constato limites,
Reconheço que pouco me conheço.

Também não entendo o que se passa,
Tampouco, em tudo consinto.
Resta-me a esperança que ainda tenho em Ti,
Resta-me o conforto que ainda vem de Ti.

por Magno Ribeiro em 20/9/2009 às 5:00h

sexta-feira, 31 de julho de 2009

ENTRE PLANOS


Entre o plano “A” que feneceu,
E o “B” que não é meu,
Por vezes me enxergo regando inférteis,
Cultivando vazios,
Ausentando-me da sensatez.

As muitas lacunas do agora,
De tempos em tempos,
Ofuscam o olhar daquilo que haverá de haver no horizonte.
Daí, meus anseios de tão ansiosos,
Lutam para que eu ceda, retroceda.

Ainda convalescendo,
Reconheço e confesso a pequinesa da minha fé.
É neste exato instante que, milagrosamente,
Sou chacoalhado pelo dono do plano “B”, e ouço:
“Coragem! Sou eu! Não tenha medo!”


por Magno Ribeiro em 31/7/2009 às 05h20min.