Seja...Triste, mas não amargo. Introspectivo, mas não solitário. Crítico, mas não azedo. Cético, mas não cínico. Complicado, mas não intolerável. Sincero, mas não inconveniente. Veemente, mas não agressivo. Alegre, mas não leviano. Grave, mas não iracundo. (Ricardo Gondim)

Mostrando postagens com marcador poemas religiosos poesias religiosas Deus. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador poemas religiosos poesias religiosas Deus. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Constatações


Sinto-me constantemente irrequieto,
Quisera explicar como tantos fatores convergiram para esse meu existir.
Apesar de tudo, me aceito como um milagre,
Vejo-me normalizado diante do espelho.

Aos trancos, busco aprender ser homem, pai, amigo, companheiro;
Na estrada que percorro, não sucedo ninguém,
E assumo a missão de tornar-me cada dia eu mesmo.
Espero viver o dia em que eu atinja a minha melhor versão.

Por enquanto, prossigo sem saber do que tenho medo, apesar de tê-lo;
Não decifro de onde vem à timidez que deveras tenho,
O que me faz introvertido perante outrem,
E desenvolto junto a multidões?

Penso, amo, peco, sonho, gargalho, choro: existo!
Reconheço que aconteço envolto em precariedades,
Ainda assim luto para não me acovardar,
Recuso conceder-me trégua.

Nessa irredutível arte de viver,
Procuro dar aos meus melhores instantes, status de eternidade,
Sem dispensar, por óbvio, os suprimentos que sempre emanam de Ti.
Anelo que me tenhas reservado um bom fim!


por Magno Ribeiro em 20/11/2013

sexta-feira, 17 de abril de 2009

SINOPSE

De equívoco em equívoco,
Distanciei-me do Teu habitat.
Ignorei tudo que já havias planejado,
E sem pestanejar me senti absoluto.
Aventurei-me por traçar sozinho outro plano;
Idealizei, projetei, executei, fracassei.

De fracasso em fracasso,
Abismos atraíam outros tantos.
Se as manhãs eram dedicadas aos sonhos,
As noites embalavam pesadelos.
Excedi-me em excesso,
Enfureci-te descomedidamente.

A fúria do Teu amor,
Causou-me espasmos em toda musculatura.
Meus ossos como que esmagados,
Deixaram expostas as fraturas das minhas transgressões.
Mesmo depois do Teu socorro,
Ainda sinto dores, enxergo cicatrizes.

Em vestígios de estrago
Enternecido aceitastes minha contrição.
Abrandastes o rigor do castigo,
Premiado fui com o Teu perdão.
Por toda expressão de Tua grandeza,
Me rendo, me prostro, Te exalto, Te adoro.


Por Magno Ribeiro em 17/4/2009 às 00h:50m

domingo, 12 de abril de 2009

ESCOLHAS



Arrisquei-me escolhendo!
Bifurcações se multiplicavam diante de mim.
Quanto mais atraente fora a rota escolhida,
Tanto mais forte colidi, ao final fracassei.
Dos fracassos de ontem,
Restou-me a timidez de hoje.

Ainda arrisco-me quando escolho!
Nem sempre escolho o que quero,
É no que não quero para onde se inclinam minhas tendências.
Convivo nesta contínua peleja,
Da pertinácia que emerge dos meus tecidos,
Com o que busca inovar os meus sentidos.

Agora mesmo preciso escolher!
Desde já corro riscos.
Se enxergar o que perversamente me atrai,
O que é benévolo, o que me encanta, distancia-se de mim.
Felizmente já não mais estou só,
Fui escolhido, logo pressinto o que devo escolher.


por Wittembergue Magno Ribeiro em 12/4/2009 às 12h30min