Sinto-me constantemente irrequieto,
Quisera explicar como tantos fatores convergiram
para esse meu existir.
Apesar de tudo, me aceito como um milagre,
Vejo-me normalizado diante do espelho.
Aos trancos, busco aprender ser homem, pai, amigo,
companheiro;
Na estrada que percorro, não sucedo ninguém,
E assumo a missão de tornar-me cada dia eu mesmo.
Espero viver o dia em que eu atinja a minha melhor
versão.
Por enquanto, prossigo sem saber do que tenho
medo, apesar de tê-lo;
Não decifro de onde vem à timidez que deveras tenho,
O que me faz introvertido perante outrem,
E desenvolto junto a multidões?
Penso, amo, peco, sonho, gargalho, choro: existo!
Reconheço que aconteço envolto em precariedades,
Ainda assim luto para não me acovardar,
Recuso conceder-me trégua.
Nessa irredutível arte de viver,
Procuro dar aos meus melhores instantes, status de
eternidade,
Sem dispensar, por óbvio, os suprimentos que sempre
emanam de Ti.
Anelo que me tenhas reservado um bom fim!
por Magno Ribeiro em 20/11/2013